Amei a mulher, amei a terra e o mar
E outras coisas que não cabe agora enumerar
De resto, já falei de quase todas elas.
Monsanto
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Trilho de downhill de Monsanto |
A floresta de Monsanto, o pulmão de Lisboa, tem suscitado grande curiosidade em mim. Sempre gostei de andar por lá, conhecer a sua história, perceber que teve um período que praticamente não tinha árvores e se chamava Montes Claros, que é atravessada pelo aqueduto das águas livres, que tem um estabelecimento prisional de alta segurança no seu topo, onde estão detidos fulanos da ETA, que em certas clareiras é possível observar a cidade de Lisboa na sua grandeza e claridade, o rio Tejo, a ponte e os aviões a passar. Lá para o meio, para quem quiser descobrir há pedreiras abandonadas, restaurantes panorâmicos em ruínas, o parque dos Índios, trilhos para andar bicicleta, um skatepark, recantos para namorar, velhas quintas, várias espécies de plantas, mochos e ar puro. No passado houve planos para urbanizar o Monsanto e "engrandecimento e monumentalização" da capital até que em 1974 o arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles conseguiu suspender esse plano.
História do Parque Florestal de Monsanto: http://lisboaverde.cm-lisboa.pt/
Aveiro
Céu azul. Leve brisa fresca. Regressámos ontem de Aveiro. Estou queimado do Sol, do surf, de carregar baterias no pátio depois do almoço.Vim mais gordo do pão, do folar com manteiga, das boas refeições. A Luísa vai guardar na sua memória para sempre as férias de Aveiro como eu guardo ainda hoje. As praias da Barra e da Costa Nova são para mim o sítio onde mais gosto de surfar. É um pequeno trecho de costa a 5 minutos de nossa casa onde se arranja sempre uma onda com pouco crowd. Seja junto ao paredão da Barra quando o mar está grande, até à Costa Nova quando não há ondas em mais lado nenhum. Mais a sul não faltam secret spots. A Páscoa ganha um sentido mais forte quando estamos na nossa casa na Gafanha. Ouve-se o sino da Igreja, sente-se o cheiro do folar no forno a lenha. Encontram-se os amigos do Verão nas férias da Páscoa, vamos aos bares da praça. Não me vou esquecer destes dias alegres e descontraídos.
Que fim de semana tão rápido
Assim também têm sido as semanas
Deve ser por andar tão ocupado
Preciso de uns dias nas Bahamas
Isto não é poesia
Nem tão pouco filosofia
É apenas a vida
Escrita para ser mais tarde lida
Deitado na cama junto à janela
escrevo e observo as luzes lá longe.
Imagino-me a pé naquela estrada
carros passam e eu sou fantasma iluminado
Quem sou eu?
Tento voltar para a cama
mas estou ainda lá naquela estrada
e agora reparo naquela janela iluminada
alguém escreve deitado na cama.
Tenho uma ferida aberta
Durante a semana é rasgada
durante o fim de semana é cicatrizada
completamente, talvez só no Verão
Mas até lá tenho que ver se não infecta
Porque aí terá sido um ano em vão.
Assim também têm sido as semanas
Deve ser por andar tão ocupado
Preciso de uns dias nas Bahamas
Isto não é poesia
Nem tão pouco filosofia
É apenas a vida
Escrita para ser mais tarde lida
Deitado na cama junto à janela
escrevo e observo as luzes lá longe.
Imagino-me a pé naquela estrada
carros passam e eu sou fantasma iluminado
Quem sou eu?
Tento voltar para a cama
mas estou ainda lá naquela estrada
e agora reparo naquela janela iluminada
alguém escreve deitado na cama.
Tenho uma ferida aberta
Durante a semana é rasgada
durante o fim de semana é cicatrizada
completamente, talvez só no Verão
Mas até lá tenho que ver se não infecta
Porque aí terá sido um ano em vão.
Somos quatro irmãos parecidos
fisicamente, culturalmente, diferentemente
Juntos podemos andar despidos
sentimos sempre quando está um ausente
Francisco o palhaço constante
António o sentido de humor cortante
Maria a ternura, feitio vibrante
E eu que os vi nascer, radiante
Mais a sul, na ilha dos Portugueses
não deve chegar tão cedo o João Pestana
Quem sabe eu vá lá algumas vezes
eu que gostava das histórias do João sem medo
Estou doente, tenho o corpo quente
mas nem a médica oiço inteiramente
Assim sou livre, assim está a morte presente
e vivo a vida mais intensamente.
Vi outro dia um rebentamento
A terra toda do seu esplendor
O Sol, o rio, sem vento, sem tempo
A Terra parou e gritou de dor.
fisicamente, culturalmente, diferentemente
Juntos podemos andar despidos
sentimos sempre quando está um ausente
Francisco o palhaço constante
António o sentido de humor cortante
Maria a ternura, feitio vibrante
E eu que os vi nascer, radiante
Mais a sul, na ilha dos Portugueses
não deve chegar tão cedo o João Pestana
Quem sabe eu vá lá algumas vezes
eu que gostava das histórias do João sem medo
Estou doente, tenho o corpo quente
mas nem a médica oiço inteiramente
Assim sou livre, assim está a morte presente
e vivo a vida mais intensamente.
Vi outro dia um rebentamento
A terra toda do seu esplendor
O Sol, o rio, sem vento, sem tempo
A Terra parou e gritou de dor.
Serras de Aire e Candeeiros
Ando aos poucos a tentar sossegar o meu fascínio pelas Serras de Aire e Candeeiros. Ainda não subi ao Montejunto e no PNSAC ainda não penetrei completamente. Tenho-os observado ao longe, nos dias de céu claro. Quero subir as lages a pique de calcário, descansar lá no alto e observar a paisagem. Quero analisar as camadas, as dobras, as falhas. Quero ver as aves, os arbustos, as grutas, as flores, as pedreiras, os dinaussáuros e só parar na ponte da auto-estrada.
Sete horas da tarde
Sete horas da tarde
O dia foi longo e produtivo
Entrego esta tese à faculdade
O pôr do sol amarelo vivo.
Ponte 25 de Abril
Vermelha como os cravos
Ponte Salazar
Dormente sente o Tejo passar
Antigamente era ali a FIL.
Amanhã lá irei outra vez para a outra margem
Mas nunca sei para que lado olhar
Se para lisboa que amanhece
Se para aqueles taludes que o Sol aquece
Oiço a radar e faço a ultrapassagem
Sempre gostei desta viagem.
O dia foi longo e produtivo
Entrego esta tese à faculdade
O pôr do sol amarelo vivo.
Ponte 25 de Abril
Vermelha como os cravos
Ponte Salazar
Dormente sente o Tejo passar
Antigamente era ali a FIL.
Amanhã lá irei outra vez para a outra margem
Mas nunca sei para que lado olhar
Se para lisboa que amanhece
Se para aqueles taludes que o Sol aquece
Oiço a radar e faço a ultrapassagem
Sempre gostei desta viagem.
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