Passaram cerca de 10 meses desde a morte trágica e inesperada de Andy Irons. Ainda ninguém o esqueceu, principalmente agora com a etapa do WCT de Teahupoo, último campeonato ganho por AI e que provou a toda a gente, a ele próprio principalmente, que ainda conseguia ganhar. Foi emocionante vê-lo ganhar depois de ter assistido ao período negro que atravessou tanto a nível profissional como a nível pessoal. É estranho ver surfistas que imaginamos que têm vidas de sonho deixarem-se levar nestas marés que afinal também fazem parte da vida. Vem apoiar a minha perspectiva que ao longo de uma vida todos temos que atravessar fazes menos boas e talvez AI, com sucesso precoce, as facilidades de surfista de topo, a excitação da vida no tour, ainda não tivesse experimentado a sensação de ser apanhado nesse agueiro, suponho. Faleceu, ou melhor, deixou de surfar aos 32 anos e será sempre recordado como o único que esteve à altura de rivalizar com o surfista (quiçá desportista) mais bem sucedido da história, Kelly Slater. Foi um surfista implacável em competição, com um surf solto mas preciso, e um repertório completo de manobras, ele era floaters em ondas de 5 metros, completava aéreos em competição numa época em que quase ninguém os fazia e era sem dúvida o rei da melhor onda do mundo: Pipeline.
Deixou Lindy, a sua belíssima mulher grávida de 8 meses do seu filho, Axel Irons que nasceu no dia do início do Pipeline Pro 2010. E o irmão Bruce, por agora, solitário guardião do surf dos Irons, nascido e polido nos reefs rasos e afiados do North Shore da ilha de Kauai, Hawai.
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