Paisagem espetacular, terra vermelha arada, árvores aqui e ali, grupos de cabanas, meia dúzia, dúzia no máximo em campos de terra amarela pisada. Línguas verdes de terra cultivada acompanhando os ribeiros e rios.
Falei pela primeira vez com uma malawiana de seu nome Sofi. Vive nos Estados Unidos e vinha ao funeral da mãe. Expliquei-lhe a razão da minha vinda, apesar de ainda não saber bem. Agora que escrevo já sei que me livrei da mina de Karonga por enquanto. Vou andar na prospectar minerais com recurso a sondagens e trabalho de campo. Gerir equipas e tratar da parte técnica. O meu chefe é o geólogo Rui Franco. Nasceu em Angola e quando foi o 25 de Abril foi com os pais para a Namíbia. Estudou em Coimbra. Senti-me imediatamente à vontade com ele. Não poderia ter tido uma melhor sensação ao chegar ao Malawi.
Fiz a viagem com 2 sondadores, Francisco Ganhão e André Lage, o seu aprendiz. Em relação às sondagens serei por uns tempos o aprendiz dos dois.
Níquel, platinoides, cobre, serão os metais de alta tecnologia que vou procurar e calcular reservas.
Tenho um empregado, o "house boy" que se chama Amos. Vive aqui na propriedade com a sua mulher e os seus 3 filhos. Não me disse a idade, mas que tinha nascido em 1968. Trata-me por "Sir". Talvez deva dizer-lhe para tratar-me por John.
Os residentes da casa são o Renato de Braga e o Gonçalo de Telheiras.
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